Joaquim d’Almeida foi um pianista que em Lisboa gozou de boa reputação como professor. Era filho de um músico muito medíocre, João d'Almeida, cunhado de Domingos Bomtempo. A casa editora de Lence e Canongia publicou grande quantidade de fantasias e trechos de óperas, arranjados por Joaquim d'Almeida, que tinham muita voga entre as pianistas pouco exigentes de primores artísticos e originais; a casa Sassetti, no engodo da voga, também publicou três fantasias sobre óperas e uma valsa.
Joaquim d'Almeida, que no fundo era um bom rapaz, estimado e bem recebido, teve um fim trágico; desvairado por uns amores ilícitos, disparou contra si um tiro de revólver, de que veio a falecer ao cabo de dezassete dias de atroz sofrimento, n'um quarto particular do hospital de S. José, cm 28 de Outubro de 1874.
in “Dicionario Biographico de Musicos Portuguezes” – Ernesto Vieira