Escrevi a Sonata nº2 para Trompa e Piano em intenção do José Bernardo Silva, tal como já o fizera em relação à primeira obra deste género. A virtuosidade e qualidade de som do José Bernardo na interpretação da primeira sonata deram-me imediatamente vontade de lhe escrever uma segunda obra, que fizesse jus a essas qualidades. Também dividida em três andamentos, rápido-lento-rápido, a segunda sonata partilha algum do ambiente melódico e harmónico da primeira, mas é ligeiramente mais complexa e um pouco mais longa, recaindo o peso maior no andamento central, uma espécie de “blues” eivado de ritmos de marcha e de algumas evocações da música popular da Europa Central.
Sérgio Azevedo