Nasce em Pernes a 15 de Setembro de 1931. Rodeado de música e músicos como oseu pai Joaquim Rosa (trombone de canto), e seu tio Pedro Rosa (trompete),depressa se torna também um deles, pela mão do maestro Sabino Flor na Sociedade Musical União Pernense (Música Nova).
Com 19 anos integra as fileiras da banda da GNR como clarinetista tornando-se músico profissional a partir de então. Com uma carreira de mais de quarenta anos, integrou a orquestra da então Emissora Nacional, passou pela RTP, gravou discos. Orquestrador e arranjador, autor inspirado, acaba por ter algumas das suas composições no arquivo histórico da emissora nacional.
Nos anos cinquenta, cria a sua orquestra ligeira, fazendo com esta digressões por alguns países da europa.Em 1963 integra, como saxofonista, a primeira orquestra de jazz a atuar no estúdio A da RTP(orquestra de Jorge Costa Pinto).
Nos anos setenta foi chefe de orquestra no casino da Figueira da Foz, acumulando, por vezes, o cargo de diretor artístico.
Nos anos oitenta regressa à sua terra natal, onde cria um centro de iniciação musical, obtendo um êxito retumbante, por onde passam mais de duas centenas de alunos sendo criadas nesse âmbito duas orquestras - Infantil e Juvenil - e uma Banda Filarmónica, divulgando a excelência do trabalho musical por grande parte do território nacional. É nessa época de grande atividade como compositor que cria uma opereta em dois atos – Saudades do Meu Rio – que focava problemas ambientais da perspetiva dos peixes do rio Alviela.
Em 1989 foi distinguido com a medalha de mérito cultural que lhe foi atribuída pela Câmara Municipal de Alcanena, onde cria também um centro de iniciação musical - terra que sempre o acarinhou desde muito cedo, por exemplo no grupo “Os Lusitos”- sendo também mais um êxito a nível pedagógico.
Cria em 1992 a Orquestra Santos Rosa, que recriava sonoridades dos anos quarenta com música e ritmos variados, para abrilhantar bailes de gala e não só. Em 1996 resolve formar um grupo coral com elementos de várias localidades próximas de Pernes, e a que , por sugestão de sua esposa, denominou de Grupo Coral “Terra Nostra”.
Em 2009 despede-se da sua, recheada de sucessos, vida profissional, com um concerto que teve lugar no centro Cultural do Cartaxo, onde Já tinha estado durante alguns anos à frente da direção musical da Banda da Sociedade Filarmónica Cartaxense, e a que se chamou concerto da amizade. Foi um desfilar musical dos mais variados êxitos da sua carreira, e com especial destaque para a sua própria execução em clarinete duma das suas mais divulgadas obras musicais - a Polca da Risota.
Foi-lhe atribuída a distinção de Scalabitano Ilustre pela Câmara Municipal de Santarém, e em 2012 é-lhe também atribuída a primeira medalha de mérito da freguesia de Pernes.
Em 2014 torna-se utente da Santa Casa da Misericórdia de Pernes , onde passa a dirigir um côro de colaboradoras da mesma instituição , tornando-o num projeto com maior qualidade, culminando na gravação de um CD para memória futura.
Faleceu em 30 de dezembro de 2020 com oitenta e nove anos, em sua casa , na sua terra natal, como era de sua vontade.
Descansa em paz e a sua obra perdurará no tempo!
por Pedro Santos Rosa