Nascido em Lisboa em 1971, Nuno Côrte-Real tem vindo a afirmar-se como um dos mais importantes compositores e maestros portugueses da atualidade. Das suas estreias destacam-se 7 Dances to the death of the harpist na Kleine Zaal do Concertgebouw em Amsterdam, Pequenas músicas de mar na Purcel Room em Londres, Concerto Vedras na St. Peter’s Episcopal Church em Nova York, Novíssimo Cancioneiro no Siglufirdi Festival em Reikiavik, e Andarilhos - música de bailado na Casa da Música no Porto. Dos agrupamentos que têm tocado a sua música destacam-se a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Coro e Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Remix Ensemble, Royal Scottish Academy Brass, Orchestrutopica, e solistas e maestros como Lawrence Renes, Julia Jones, Stefan Asbury, Ilan Volkov, Kaasper de Roo, Cristoph Konig, David Alan Miller, Paul Crossley, John Wallace, Mats Lidström, Paulo Lourenço e Cesário Costa.
A sua discografia inclui canções tradicionais portuguesas nas editoras Portugal Som e Numérica, Pequenas Músicas de Mar na editora Deux-Elles, o bailado Andarilhos na editora Numérica em co-produção com a Casa da Música, e Largo Intimíssimo na austríaca Classic Concert Records. Em Outubro de 2012 teve o seu primeiro CD monográfico, VOLUPIA, editado pela Numérica, e em 2016 realizou a direção artística e musical do CD Mirror of the soul, para a Odradek Records, com o Ensemble Darcos.
No mundo cénico, Nuno Côrte-Real trabalhou com, entre outros, Michael Hampe, Pedro Cabrita Reis, Maria Emília Correia, Victor Hugo Pontes, André Teodósio, João Henriques, Rui Lopes Graça, Paulo Matos e Margarida Bettencourt. Em Junho e Setembro de 2007 apresentou com grande sucesso as óperas de câmara A Montanha e O Rapaz de Bronze, encomendas da Fundação Calouste Gulbenkian e Casa da Música, respetivamente. Para o Teatro Nacional de São Carlos criou em 2009, o “intermezzo” O Velório de Cláudio, com libreto de José Luís Peixoto, e apresentou em Março de 2011, a ópera Banksters, com libreto de Vasco Graça Moura e encenação de João Botelho, espetáculo que obteve um êxito inaudito na história recente da música contemporânea portuguesa.
Como maestro, Nuno Côrte-Real tem dirigido regularmente orquestras como a Orquesta Ciudad Granada, Real Filharmonía de Galicia, Orquesta de Extremadura, Orquestra Fundación Excelentia (Madrid), Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orchestrutopica, Camerata du Rhône (Lyon) e Ensemble Darcos. Em Junho de 2015, apresentou-se pela primeira vez na sala sinfónica do Auditorio Nacional de Madrid, Espanha. É fundador e diretor artístico do Ensemble Darcos, grupo de música de câmara que se dedica à interpretação da sua música e do grande repertório europeu, e assina artisticamente a Temporada Darcos. Tem participado em vários festivais internacionais de música, onde se destacam os de Sintra, Estoril e de Póvoa de Varzim, e dirigido solistas tais como Artur Pizarro, Massimo Spadano, Nicola Ulivieri, Ana Quintans, Alexey Sychev, Filipe Pinto Ribeiro, Adriano Jordão, Giulio Plotino, Filipe Quaresma e Luís Rodrigues, entre outros. Foi bolseiro do Centro Nacional de Cultura, e em 2003 foi-lhe atribuída a medalha de Mérito Grau Prata da Câmara Municipal de Torres Vedras.
https://vimeo.com/73880341